segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Dias de abril


Lembro do primeiro olhar, foi tão forte e profundo que senti que o chão se movia,naquele momento senti que o amor de verdade existia e era meu, e estava ali. Seu sorriso doce e convidativo, me fazia lembrar das mais belas canções e levada por essa melodias embarquei no seu abraço. Foi um momento eterno e terno, ali minha vida passou em segundos, criei mundos que cabiam naquele espaço, entre teus braços já não estava mais sozinha. Neste dia de abril, vi todas as lagrimas de solidão darem adeus e em seu lugar promessas de dias de sol e companhia eterna, como sempre há de ser quando reconhecemos em alguém o sentido de nossas vidas. Foram dias de sol, dias de amor, dias de vida, dias de descobertas embalados por juras e compromissos mútuos, ninguém queria quebrar esse laço, ninguém ousava em quebra a magia que nos unia naquele momento. Sintonia nos olhares, nos gostos musicais, nos filmes, na hora do amor, nos sonhos e até mesmo nos medos. Seriamos um par perfeito!! Porém, como todo o sonho, um dia acordamos dele e a realidade nos bate a porta deixando-nos com gosto de fel na boca. Acordamos com a distancia que tornava esse amor dolorido, nos deixando sem limites e sem paciência para os acontecimentos. A vontade de estar por perto nos afastava pelo mal uso das palavras e o tempo, a distancia e nossos medos, foram maiores do que o amor perfeito que tínhamos para compartilhar. Hoje, a fumaça daquelas chamas permeia nossas cabeças e mesmo sabendo que elas não queimam mais como antes, as lembranças dos dias lindos de abril, nos ligam e nos ligarão até que outra pessoa nos faça sentir novamente o que sentimos naqueles dias em que fomos felizes.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Fim de ano


" Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou"...


Final de ano e parece tudo igual. O mesmo ritual de compras desnecessárias, o mesmo ritual de comidas á vontade sem lembrarmos de quem passou o ano todo sem ter o que comer. Pode soar meio hipócrita, mas eu gosto do outro lado do natal. O lado das férias, da chegada das chuvas, do momento que a família se reencontra (mesmo que seja para lavar roupa suja), do momento de reflexão e do cheiro de paz que fica no ar. Desde criança aprendi a gostar do natal pelo seu significado mais puro e hoje , já adulta não me atrevo a senti-lo de outra forma. Não me imagino andando de shopping em shopping comprando e comprando. Prefiro repensar no que o ano significou pra mim, no que ganhei como pessoa, no que aprendi e no que realizei. Sei que para muitos o natal é triste, talvez porque não conheçam o espírito verdadeiro do natal, mas para mim é e sempre será um momento de renovação interna, de recarregar as baterias para encarar um ano que já bate às portas, pronto para ser revelado. Passado a euforia do Natal, as atenções voltam-se para a folhinha e seu ultimo dia. Misticismos à parte, virar o ano é como acordar em uma segunda-feira onde tudo começa (ou recomeça). Réveillon, roupas brancas, fogos e promessas. Assim o povo encara a mudança de ano, o que para muitos não passa de exagero cultural, pois nada se modifica sozinho, as coisas não se transformam pelo simples fato do ano acabar (ou recomeçar). As dividas continuam lá (ou aumentam com os gastos de fim de ano), os problemas continuam no ano novo, as obrigações e tudo o que conquistamos no ano que se vai. O que muda, a meu ver, é a maneira de encarar tudo isso, pra muitos basta o ano mudar para que tudo se transforme. Para outros, o novo ano é uma nova chance de refazer a vida, mas com a consciência de que para tudo é necessário ter atitude, ter posicionamento. Não adiantará nada vestir branco, pular três ondas (ou sete, dependendo da crença de cada um), usar peça intima da cor do desejo, fazer lista de sonhos ou algo semelhante se o que há de fundamental nesta história toda continuar sendo do ano velho, a atitude (ou a falta dela). Por isso, muito mais do que delegar a datas uma renovação, é importante comprometer-se com essa renovação e posicionar-se de maneira a que nossos anseios aconteçam por nossa mudança interior e não apenas por uma simples virada de ano.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

"Katapalavras"



O que escrever em um post de estréia? A ansiedade é tanta para ocupar o espaço recém conquistado que a inspiração fica em crise de ansiedade(se é que isso existe rsss). Posso dizer que o motivo da existência desse espaço é a necessidade de catar as palavras e junta-las em alguma frase útil de forma a expressar um pensamento, um questionamento, uma opinião ou pura e simplesmente para "enfeitar o papel". O ‘katapalavras’ terá vida própria na media em que nele eu expressar não apenas palavras com nexos e sim conceitos e inquietações. Não terá a função de seguir regras ou métricas formais, seu único compromisso será com as palavras, sejam elas compreendidas ou não. Vou catar as palavras e espero fazer deste espaço um palco para elas nascerem,crescerem e frutificarem, seja qual for o terreno no qual forem semeadas. Boa leitura!